Museu do genocídio Tuol Sleng – a triste história do povo cambojano
Essa semana é a #Museumweek, e Like Wanderlust já começou bem contanto a história do imperador Qin e os guerreiros de terracota em Xi’an, na China. Como o assunto dessa semana é museus, hoje vou contar um pouco de um lugar que me impressionou muito, o museu do genocídio Tuol Sleng.
De 1975 a 1979 o Partido Comunista da Kampuchea (seguidores do partido eram conhecidos como Khmer Vermelho), liderado por Pol Pot, assumiu o controle da Camboja e decidiu fazer uma reforma agrária que terminou assassinando metade de sua população. Eles isolaram o país de influências estrangeiras, acabaram com as escolas, hospitais, fábricas, bancos, moedas, religiões e confiscaram tudo. O exército cruel do Khmer vermelho tirou as pessoas das cidades e levavam elas para áreas rurais onde deveriam trabalhar como escravos. Mulheres eram estupradas, crianças assassinadas brutalmente e aí de quem falasse alguma coisa, seria torturado até a morte.
Todos os livros e arte foram destruídos. Professores, médicos, artistas e qualquer um que tivesse uma formação ou fosse estrangeiros foram levados para escolas como Tuol Sleng. Eles eram torturados e obrigados a confessar crimes que não cometeram, assim seriam julgados e assassinados. Poucos sobreviveram a essa época de horror e ainda sofrem ao lembrar de tanta crueldade.
Fomos primeiro nos campos onde matavam as pessoas, Killing Fields, e escutamos muitas histórias. Ao chegar no museu aparentemente era apenas uma antiga escola, mas ao entrar em cada sala e ver como transformaram em um prédio de tortura foi impactante.
Ao chegar nessa escola os prisioneiros eram fotografados e tinham que contar sua história. Confiscavam seus pertences e eram colocados em celas individuais ou coletivas. Ao passar por cada foto, de cada pessoa inocente que morreu ali me deu um arrepio.
Muito triste a história desse povo sobrevivente que ainda esta cicatrizando a ferida desse massacre.
Informação: http://www.tuolslenggenocidemuseum.com/
Entrada: U$2 e o guia U$6
Horário de funcionamento: 7:00 – 17:30
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Embora seja uma triste, dela aprendemos muito, principalmente a valorizar nossa liberdade e respeitar as diferenças. O povo cambojano é um exemplo para o mundo.
Um post interessante com uma história triste, parabéns!
É verdade Vaneza. Obrigada pelo comentário.
De facto, enquanto todos os olhos estavam focado na guerra do país ao lado, este povo foi alvo de uma das maiores atrocidades da história. E é curioso como não se fala muito nisto… Ainda hoje se sente este peso quando se visita o Cambodja.
Sim Andre, fiquei assustada que uma coisa tao terrível como essa não seja tao conhecida pelo mundo. Obrigada pelo comentário.
Quanta tristeza e vidas perdidas por trás da história desse país. Museus assim são muito tristes de se visitar mas ao mesmo tempo importantíssimos pra jogar luz e conhecimento sobre histórias que não podem ficar enterradas… tem que ser conhecidas pra tenhamos esperança que nunca mais se repitam.
Ótimo post!
Verdade Simone. Obrigada pelo comentário.
A história mundial é repleta de capítulos sombrios e que não deveriam se repetir nunca mais. Este é mais um capitulo que nos traz uma sensação de tristeza imensa, mas é sempre bom que seja lembrado pra que coisas deste tipo não voltem a se repetir… Abraços!
Verdade Itamar. Sempre viajo pelos blogs de viagem e tantos artigos de pessoas que visitam lugares como esse, onde atrocidades aconteceram pelo mundo afora. Espero que nunca mais se repitam mesmo. Obrigada pelo comentário.
Uau ! Este museu deve ter mesmo um grande impacto sobre nós. Obrigado pelas partilha. Abraço e boas viagens !
É impactante Francisco, mas não mais que o Killing Fields, onde eles de fato matavam as pessoas. Obrigada pelo comentário.
Você tem razão, o museu é impactante, impressionante. Foi mesmo das experiências mais perturbadores que vivi em viagem, e ao mesmo temo um dos textos mais difíceis que já escrevi. Chamava-se Khmer Vermelhos, o Lado Negro da Natureza Humana – se tiver curiosidade dê uma olhada. A mim faz-me chorar sempre que leio, mesmo tendo passado quase 12 anos desde que visitei S-21.
Filipe obrigada por dividir comigo sua experiencia também. Amo ver o olhar de outra pessoa pelo mesmo lugar que passei. Realmente seu texto e bem impactante. Abraços.
Que tristeza. Sei que faz parte da história do povo, mas me deixa profundamente triste.
Um forte abraços,
Não conhecia, obrigada por nos dar a conhecer a triste história desse povo. É muito triste mas é importante dar a conhecer para não esquecer as barbáries que foram cometidas.
Beijinhos
Obrigada por esta partilha! São sítios, apesar de tristes, que existem para nos lembrarem do passado e para que não aconteça de novo… mas infelizmente… parece que não aprendemos nada. Estas partilhas ajudam a pensar! Obrigada! Boas viagens!
É muito triste que a humanidade não tenha aprendido nada com os erros do passado. Embora se fale muito dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, aqui na Europa, esquecem-se muitas vezes casos com este e tantos outros onde ocorreram crimes monstruosos. Por isso, infelizmente, ainda continuam a haver tragédias deste género nos dias de hoje… 🙁
Por mais que seja difícil visitar estes locais e olhar para estas imagens, é importante que existam para que a História não se volte a repetir.
Interessante. Mas é muito triste como o ser humano tem a capacidade de destruir a si mesmo – a própria espécia – pelo poder e por pura vaidade.